Na reta final do curso técnico de enfermagem, pelo TECSAÚDE (oferecido pelo governo do estado de São Paulo em
2010), uma das professoras solicitou aos alunos um trabalho de conclusão de
curso. Resolvi fazer um artigo abordando a popularização das doenças mentais e,
consequentemente, a banalização dos termos psiquiátricos. Segue abaixo meu TCC. Achei oportuno publicá-lo aqui, já que o tema
está - novamente - em voga, devido ao crime cometido pela prostituta de luxo, advogada e técnica de enfermagem, Elize Araújo Kitano Matsunaga, que confessou ter matado e esquartejado o próprio marido.
A POPULARIZAÇÃO DAS
DOENÇAS MENTAIS E
A BANALIZAÇÃO DOS
TERMOS PSIQUIÁTRICOS
Por meio do "telediagnóstico", uso vulgar de
palavras da psiquiatria rotula indivíduos
Objetivo: Analisar as razões pelas quais pessoas comuns
utilizam termos da psiquiatria e esclarecer estes termos
Métodos: Pesquisas na internet, livros, revistas e jornais com
assuntos pertinentes ao tema
Título: A popularização das doenças mentais e a banalização
dos termos psiquiátricos
Motivação: Entrevista concedida pelo psiquiatra forense Daniel
Martins de Barros à Folha de S.Paulo
Palavras-chave: psiquiatria forense, doença mental,
telediagnóstico, termos psiquiátricos
O objetivo deste artigo é
analisar as razões pelas quais pessoas comuns utilizam termos da psiquiatria
para “diagnosticar” suspeitos, criminosos e pessoas de seu convívio, como
também esclarecer que a utilização indevida dos nomes das doenças psiquiátricas
pode induzir ao erro e à injustiça. Serão abordados e analisados o uso leviano
de termos como “esquizofrênico”, “psicopata”, “surtado” e “bipolar”, recorrentes tanto na televisão
quanto no nosso dia-a-dia.
Interessei-me pelo assunto, a partir da leitura da entrevista concedida pelo psiquiatra
forense Daniel Martins de Barros, do núcleo do Instituto de Psiquiatria da USP,
ao jornal Folha de S.Paulo em 17/07/2010. Ele explica como a banalização
dos termos psiquiáticos acontece, “você vê uma cena na TV e fala que o cara é
psicopata. É tratar o diagnóstico de forma muito leviana”, vem daí o
“telediagnóstico”. Esta aproximação da psiquiatria com o sensacionalismo dos
programas televisivos policiais e novelas que abordam transtornos mentais,
contribuem para sua popularização.
De acordo com a Associação
Brasileira de Psiquiatria, atualmente, existem no Brasil cerca de 23 milhões de
pessoas (12% da população) com algum tipo de necessidade de atendimento em
saúde mental. Aproximadamente, cinco milhões destes brasileiros sofrem de algum
transtorno mental grave. Em todo o mundo, são mais de 400 milhões de
pessoas afetadas por algum distúrbio mental ou comportamental.
Saber desta realidade é
fundamental para encontrarmos, cada vez mais, uma melhor resolução e condução no
alívio e tratamento destas pessoas. Mas para além dos números, temos uma
parcela da sociedade que ainda enxerga de forma preconceituosa e ignorante estes
doentes. A começar pela maneira quando usamos certos termos, de forma
pejorativa, ao querermos ofender alguém o chamando de “louco”,
“retardado”, “débil mental” e, lembrando das palavras mais atuais, “esquizofrênico”, “psicopata”,
“surtado” e “bipolar”.
Já que a televisão populariza
expressões de uma maneira vulgar e uma parte da sociedade as dissemina sem
saber corretamente o que está proferindo, o presente artigo pretende dirimir
qualquer dúvida em relação a estes termos psiquiátricos, buscando a adequação
de seu uso e evitando inconveniências.
Conforme a Associação Brasileira
de Psiquiatria alerta, são mais recorrentes ainda as doenças ligadas à
depressão, ansiedade e transtornos de ajustamento. Mas como estamos lidando com
3% da população brasileira que sofre, principalmente, de esquizofrenia e
transtorno bipolar, penso ser urgente o esclarecimento sobre estes últimos temas.
Novelas, filmes, seriados. Em
qualquer enredo, quase sempre há um personagem que desestrutura uma situação, tornando tudo mais caótico e, portanto, mais “interessante” de se assistir ou ler.
De fato, uma história sem algum conflito é desestimulante. Quando assistimos ao noticiário,
também damos mais atenção aos crimes hediondos e nos horrorizamos com a
realidade. Estamos falando de nossa condição humana, natural e inerente, que –
civilizada ou não – é impulsionada por sentimentos e sensações.
Personagens de novelas ganham
popularidade devido às maldades que cometem; enredos nos prendem porque queremos
saber o final daquele enganador e assistimos ao programa de televisão até o
final, aguardando para ver qual será a punição daquele criminoso que ficou
famoso por sua atrocidade.
Não investigarei aqui as razões ou questões psicológicas que levam o ser humano a dar atenção ao que se
qualifica como “o mal”. Mas ao apresentar estes exemplos podemos começar a
entender o por quê de muitas pessoas chamarem as outras por nomes
que elas desconhecem verdadeiramente.
A novela, o livro, o cinema, como
composições artísticas e literárias, usam de forma mais apropriada os
termos que cabem ao seu conteúdo. Mas, na maioria das vezes, programas
televisivos sensacionalistas começam a chamar um criminoso de “maníaco” –
criando uma alcunha que será utilizada por toda a sua audiência. Esses
programas, mais precisamente os ditos “policiais”, fazem isso com qual
propriedade técnica? Havia um profissional da psiquiatria na redação ou no
estúdio que diagnosticou o criminoso em questão de minutos? Proferir os termos
psiquiátricos desta maneira é uma irresponsabilidade porque leva o espectador a
vulgarizar o que é preciso compreender com uma certa qualidade técnica. Como
disse o psiquiatra forense, Daniel Martins de Barros, ao jornal Folha de
S.Paulo, “rotular suspeitos não ajuda a resolver crimes bárbaros”.
O conceito dos termos mais usuais
elucidam e mostram a importância de se conhecer a definição de determinadas
sentenças técnicas, específicas de uma área profissional, devido sua
complexidade. Vamos discorrer sobre as seguintes palavras: bipolar, esquizofrênico, psicopata e surtado.
BIPOLAR
O transtorno bipolar do humor ou
transtorno afetivo bipolar, também conhecido como distúrbio bipolar, é uma
doença caracterizada por episódios repetidos ou alternados, de mania e depressão.
Uma pessoa com transtorno bipolar está sujeita a episódios de extrema alegria,
euforia e humor excessivamente elevados (hipomania ou mania) e também a
episódios de mau humor e desespero (depressão). Entre os episódios, é comum que
passe por períodos de normalidade. Deve-se ter em conta que este distúrbio
não consiste apenas de meros "altos e baixos". Altos e baixos são
experimentados por praticamente qualquer pessoa, e não caracterizam,
necessariamente, um distúrbio. As mudanças de humor do distúrbio bipolar são
mais extremas que aquelas experimentadas pelas demais pessoas. O doente de
distúrbio bipolar é também comumente chamado de "maníaco-depressivo"
por alguns psiquiatras do século XX, não sendo utilizado
por psiquiatras mais modernos. A natureza e duração dos episódios
variam grandemente de uma pessoa para outra, tanto em intensidade quanto em duração. No caso
grave, pode haver risco pessoal e material. A doença pode se manifestar em
crianças, porém, se manifesta em grande parte em adultos, por volta dos 15
a 25 anos. As fases maníacas caracterizam-se também pela aceleração
do pensamento (sensação de que os pensamentos fluem mais rapidamente),
distraibilidade e incapacidade em dirigir a atividade para metas definidas
(embora haja aumento da atividade, a pessoa não consegue ordenar as ações para
alcançar objetivos precisos) e, quando em seu quadro típico, prejudicam ou
impedem o desempenho profissional e as atividades sociais, não raramente
expondo os pacientes às situações embaraçosas e aos riscos variados (dirigir
sem cuidado, fazer gastos excessivos, indiscrições sexuais, entre outros
riscos). Em casos ainda mais graves, o paciente pode apresentar delírios
(de grandeza ou de poder, acompanhando a exaltação do humor, ou delírios de
perseguição, entre outros) e também alucinações, embora mais raramente. Nesses
casos, muitas vezes, o quadro clínico é confundido com a esquizofrenia. Nem
sempre os sintomas maníacos ou depressivos são bem claros. Até quem convive com
um bipolar sente dificuldades em distinguir uma aflição comum de uma depressão
ou uma alegria de uma euforia. A doença é de difícil diagnóstico, mesmo para
profissionais da saúde que acompanhem há um longo tempo o paciente. Porém, após
diagnóstico positivo, saber se está ou não em surto, é uma dificuldade
constante.
ESQUIZOFRÊNICO
A esquizofrenia é um transtorno
psíquico severo que se caracteriza classicamente pelos seguintes sintomas:
alterações do pensamento, alucinações (visuais, cinestésicas, auditivas),
delírios e alterações no contato com a realidade. Junto da paranoia (transtorno
delirante persistente) e dos transtornos graves do humor (a antiga psicose
maníaco-depressiva, hoje fragmentada em episódio maníaco, episódio depressivo
grave e transtorno bipolar), as esquizofrenias compõem o grupo das psicoses. É
hoje encarada, não como doença no sentido clássico do termo, mas sim como um
transtorno mental, podendo atingir diversos tipos de pessoas, sem exclusão de
grupos ou classes sociais. De acordo com algumas estatísticas, a esquizofrenia
atinge 1% da população mundial, se manifestando habitualmente entre os 15 e 25
anos, nos homens e nas mulheres, podendo igualmente ocorrer na infância ou na
meia-idade. Algumas pessoas acometidas da esquizofrenia se destacaram e se
destacam no meio acadêmico, artístico e social. Um exemplo famoso é o do
matemático norte-americano John Forbes Nash que, apesar do desafio de conviver
por toda a vida com os sintomas psicóticos típicos, foi um intelectual
importante e deixou grandes contribuições às áreas de economia, biologia e
teoria dos jogos. A persecutoriedade (se sentir perseguido por algo
ou por alguém) é uma convicção profunda para este sujeito que não aceita outras
causas por mais óbvias que estas sejam. O esquizofrênico também sempre acha que
parte de seu corpo não está bem, não está funcionando corretamente ou ainda que
algum órgão esteja falindo ou faltando. Muitas vezes esses órgãos estão
relacionados ao coração, pulmão, rim, fígado ou baço. A sistematização do
delírio é frequente, porém o esquizofrênico delirante paranoide é o que
apresenta menor deteriorização de sua personalidade. É comum relacionar-se bem
com as outras pessoas, ter respostas afetivas próximas do normal e processo de
pensamento e cognição preservados. O distúrbio esquizofrênico fica mais
evidente quando o paciente é confrontado com o assunto que é emocionalmente
significativo para ele ou quando é posto à prova por meio de testes de
personalidade ou testes projetivos. De modo geral, as pessoas que convivem com
o esquizofrênico somente reconhecem os problemas quando a pessoa tenta explicar
suas crenças sobre seu corpo ou sobre as perseguições a que se sente submetido.
PSICOPATA
A psicopatia, também conhecida
como sociopatia, tem sido associada ao protótipo do assassino em série, porém,
nem todos os assassinos são psicopatas e nem todos os psicopatas chegam a ser
assassinos ou fisicamente violentos. Importa desmistificar esta ideia, porque
podemos estar lidando diariamente com um psicopata, sem termos a noção que
aquela pessoa está realmente doente. Há pessoas que só percebem que está
de perto com um psicopata, momentos antes de uma fatalidade lhes acontecer,
nomeadamente um homicídio, por exemplo. Embora esta doença seja mais comum nos
homens, também é possível encontrar mulheres sociopatas. Os primeiros sinais
começam a se tornar mais evidentes a partir dos 15 anos de idade. A rigor,
a psicopatia é um distúrbio mental grave caracterizado por um desvio de
caráter, ausência de sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade aos sentimentos
alheios, manipulação, egocentrismo, falta de remorso e culpa para atos cruéis e
inflexibilidade com castigos e punições. Embora popularmente a psicopatia
seja conhecida também como "sociopatia", cientificamente, a doença é
denominada como sinônimo do diagnóstico do transtorno de personalidade
antissocial. A psicopatia parece estar relacionada a algumas importantes
disfunções cerebrais, sendo importante considerar que um só único fator não é
totalmente esclarecedor para causar o distúrbio; parece haver uma junção de
componentes. Embora alguns indivíduos com psicopatia mais branda não tenham
tido um histórico traumático, o transtorno – principalmente nos casos mais
graves, tais como sádicos e serial killers – parece estar associado à mistura
de três principais fatores: disfunções cerebrais/biológicas ou traumas
neurológicos, predisposição genética e traumas sociopsicológicos na infância
(como abuso emocional, sexual, físico, negligência, violência, conflitos e
separação dos pais etc). Todo indivíduo antissocial possui, no mínimo, um
desses componentes no histórico de sua vida, especialmente a influência
genética, entretanto, nem toda pessoa que sofreu algum tipo de abuso ou perda
na infância irá se tornar uma psicopata sem ter uma certa influência genética
ou distúrbio cerebral; assim como é inadimissível afirmar que todo psicopata já
nasce com essas características. Portanto, a junção dos três fatores torna-se
essencial. Há de se considerar desde a genética, traumas psicológicos e
disfunções no cérebro (especialmente no lobo frontal e sistema límbico).
SURTADO
Surto psicótico é um episódio de
dissociação da estrutura psíquica do indivíduo, fazendo com que este mostre
comportamentos socialmente estranhos e diferentes, devido à momentânea
incapacidade de pensar racionalmente. Os surtos são comuns na esquizofrenia e
podem ocorrer da fase maníaca aguda do transtorno bipolar. Também podem ocorrer
devido às substâncias psicoativas, como álcool, anfetamina, cocaína, crack,
etc. Durante o surto, podem ocorrer manifestações de paranoia, alucinações
e delírios. O surto geralmente dura algumas semanas e pode ser encurtado de
acordo com a medicação administrada. A medicação também pode impedir um surto
ou torná-lo menos grave quando ocorrer. Normalmente, o surto é precedido
por comportamentos estranhos do indivíduo, que só podem ser detectados poucos
dias antes que este entre em crise. Sendo assim, é muito importante
acompanhar pacientes nesta situação a fim de medicá-los antes. Segundo o DSM IV
(Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), um dos sintomas para
se diagnosticar esquizofrenia é a duração do surto de, no mínimo, seis
meses. Delírios, alucinações, comportamento desorganizado e discurso
desorganizado são sintomas obrigatórios, devendo estar presentes pelo menos
dois destes para classificar o estado como um surto psicótico. Os psicólogos
apresentam uma diferenciação entre delírios e alucinações, conceitos que são
constantemente confundidos. Delírios são alterações do pensamento que se
caracterizam por ideias que não condizem com a realidade objetiva, enquanto que
alucinações envolvem sempre algum órgão senso-perceptivo, como a audição, a
visão, o tato, o olfato e a sinestesia (sensações internas). Elas não são
invenções – a pessoa realmente está vendo, ouvindo ou sentindo algo. Ou seja, o
primeiro ocorre na mente e o segundo atinge os sentidos. Do ponto de vista
psiquiátrico, o surto psicótico está relacionado a uma distorção dos
neurotransmissores, ou seja, das substâncias químicas produzidas pelos neurônios
e que são responsáveis pelo envio de informações a outras células. O pensamento
tem um curso e um conteúdo: quando o conteúdo do pensamento está desagregado,
ele perde conexão com a realidade ou a distorce, passando a ser um sintoma de
surto psicótico.
A pesquisa acerca das definições
e dos conceitos psiquiátricos revela a necessidade de que se pare de usar os
termos técnicos das doenças mentais de forma leviana e indiscriminada. Como foi
visto, a abrangência e profundidade do assunto deveria despertar a
respeitabilidade dos programas televisivos e do público leigo que se apropriam
indevidamente daquilo que desconhecem.
Como esclarece o psiquiatra
forense Daniel Martins de Barros, na entrevista concedida à Folha de S. Paulo,
há uma tendência de querer considerar crimes ou comportamentos inadequados como
fruto de uma alteração psíquica. Diz ele, “a sociedade tenta buscar nas
ferramentas médicas a solução para isso”. A banalização da psicopatologia reduz
a complexidade e as múltiplas causas de um crime ou de uma ação comportamental
não esperada.
A problemática da popularização
das doenças mentais e da banalização dos termos psiquiátricos está também no
estereótipo que é, fundamentalmente, fruto do preconceito. Rotular um indivíduo
com doença mental é um hábito do senso comum. Mesmo assim, o
preconceito não impossibilita a inclusão desse grupo na sociedade. Hoje há
espaço e possibilidades – mesmo que pequena – ao reconhecimento do doente
mental como cidadão pleno de direitos e deveres. A falta de informação e do
comprometimento dos setores governamentais contribuem para que os portadores de
transtornos mentais sejam vítimas desta ignorância. De algumas décadas
para cá, aconteceram mudanças positivas que, aos poucos, estão tranformando a
atual realidade. Os médicos se esforçam para mudar a forma como o doente mental
é visto e tratado.
A Organização Mundial de Saúde
(OMS) tem uma campanha de desestigmatização dos doentes, mas apesar
de todo o progresso conseguido em muitos outros aspectos de saúde, a saúde
mental ainda não recebe a atenção e os recursos que mereceria. Na tentativa de
aproximar as pessoas da questão da doença mental, a OMS declarou no dia 10 de
outubro de 2001, o Dia Mundial da Saúde Mental, para sensibilizar o público em
geral e provocar mudanças relevantes na posição pública acerca do tema.
A ideia é despertar a atenção e a melhoria dos cuidados de saúde mental. Quase uma década se passou da criação da data, mas – lamentavelmente
– parece que as pessoas continuam a lidar com o assunto sem a seriedade que lhe
cabe.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Daniel Martins de. O que é Psiquiatria Forense.
Editora Brasiliense. 2008.
MATTOS, Virgílio de. Crime e Psiquiatria, uma saída:
preliminares para a desconstrução da medida de segurança. Editora Revan. 2006.
MURTA, Genilda Ferreira. Dicionário Brasileiro de Saúde.
Difusão Editora. 2007.
RIBEIRO, Paulo Rennes Marçal. Saúde mental no
Brasil. Editora Arte & Ciência. 1999.
REFERÊNCIAS DE
INTERNET
11 de outubro de 2010
2 comentários:
gostei achei muito rico teu trabalho estou passando pelo estagio de psiquiatria eforam muito boas tuas informações.valeu.
Muito obrigada pela visita e pela apreciação!
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