Para celebrar esta ocasião, vou
contar uma novidade sobre a história de minha família, que descobri neste ano. Se não fosse meu amor pela Itália e o curso de italiano, provavelmente, eu não teria investigado isso.
Meu falecido pai, filho de uma italiana da Bologna, chamada Ottorina Mingarini Stignani, e de um paulista de Itararé, chamado Absalão Fiuza de Queiroz, tem um irmão gêmeo que vai completar 90 anos em dezembro. Meu tio, apesar de lúcido, lembra bem pouco das histórias de meus avós paternos, menos ainda dos meus bisavós, também italianos, Augusta Mingarini e Ubaldo Stignani (os avós dele). De todas as dúvidas que tento tirar com ele sobre o passado da família, consigo pouca informação. Infelizmente, ninguém da família do meu pai carregou os sobrenomes italianos devido ao machismo da época: a filha de minha bisavó (minha avó), teve seus sobrenomes excluídos após o casamento, ficando somente com o Fiuza do meu avô (e também sem o Queiroz dele, que vinha de uma mulher; minha outra bisavó, portanto).
Meu falecido pai, filho de uma italiana da Bologna, chamada Ottorina Mingarini Stignani, e de um paulista de Itararé, chamado Absalão Fiuza de Queiroz, tem um irmão gêmeo que vai completar 90 anos em dezembro. Meu tio, apesar de lúcido, lembra bem pouco das histórias de meus avós paternos, menos ainda dos meus bisavós, também italianos, Augusta Mingarini e Ubaldo Stignani (os avós dele). De todas as dúvidas que tento tirar com ele sobre o passado da família, consigo pouca informação. Infelizmente, ninguém da família do meu pai carregou os sobrenomes italianos devido ao machismo da época: a filha de minha bisavó (minha avó), teve seus sobrenomes excluídos após o casamento, ficando somente com o Fiuza do meu avô (e também sem o Queiroz dele, que vinha de uma mulher; minha outra bisavó, portanto).
Na tentativa de saber melhor quem
foram meus bisavós italianos, acabei - por minha conta - pesquisando. Eis aqui minha mais recente descoberta pessoal: minha bisavó italiana, Augusta Mingarini, em 1894, se formou como levatrice (pronuncia-se levatrítche), que é o nome - na língua italiana - para a profissão de... parteira! Ela foi diplomada pela Universidade de Bologna, no norte da Itália, e
veio para o Brasil, a convite do governo (em uma ação político-sanitária, não
sei direito ainda sobre isso), para se especializar na profissão, pela Escola de Parteiras de São
Paulo. Porém, como ela já possuía formação com diploma, precisou somente revalidá-lo com uma habilitação específica, fornecida pela Escola de Farmácia, Odontologia e Obstetrícia
de São Paulo (EFOOSP), que concluiu em 1905. Além disso, descobri também, que existe uma rua na cidade de Itararé com seu nome, no bairro do Cruzeiro. Muito provavelmente, ela foi uma profissional e tanto.
Desde quando soube disso, fiquei
aliviada de poder, realmente, compreender que tenho algo de ancestral com a área da saúde. Por isso, em nome de minha bisavó parteira, Augusta Mingarini, ratifico minha mudança de área com alegria e entusiasmo, na certeza que estou no lugar certo.
4 comentários:
todas as parteiras são arrodeadas de anjos, que purificam o ambiente facilitando a chegada desses novos e puros seres. viva as parteiras que com simplicidade e dedicação abrem os caminhos da humanidade.
Viva as parteiras, Tuca!
Parabéns querida, vc merece!
Obrigada, Rafa! ;-)
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