4 de set. de 2013

Investigação de Paternidade

Atuar como técnica de enfermagem para a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania é um evento diferente. O indivíduo ali não é, exatamente, um paciente, mas um "periciando". Para mim, atuante no setor de coleta de material genético, isso foi uma novidade.

O ambiente no IMESC (Instituto de Medicina Social e de Criminologia) , especialmente na coleta, é tenso e as circunstâncias são estressantes. As pessoas ali estão envolvidas em situações, muitas vezes, constrangedoras. A secretária recorre ao exame de investigação de paternidade para provar  que o dono do escritório onde trabalhou é pai do filho dela. A amante recorre ao exame para provar que o marido da esposa é pai do filho dela.  A doméstica recorre ao exame para provar que o patrão, marido da patroa, é pai do filho dela. A pré-adolescente recorre ao exame para provar que o namorado, também adolescente, é pai do filho dela. O comerciante recorre ao exame para provar que a criança não é dele e afastar a mãe oportunista. O recém-separado recorre ao exame para provar que a criança não é dele e afastar a ex-mulher oportunista.

Estes são alguns exemplos das diversas situações que aparecem no IMESC. Existe também o caso de espólio, em que é preciso provar que um irmão, que apareceu após 30 anos na vida de uma família, é parente legítimo e, portanto, possuirá os mesmos direitos. Alguns dos atendimentos que realizei me marcaram emocionalmente. Especialmente, duas histórias que relato agora nas próximas postagens.

Boa leitura!

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